Ray Vieira colhendo sempre viva no campo de murici - São Simão - MA.

Ray Vieira colhendo sempre viva no campo de murici - São Simão - MA.
Ray Vieira no campo de murici, São Simão-MA

domingo, 1 de agosto de 2010

Ray Vieira em São Luís - MA.

Artista Plástico

Ray Vieira

A expressão da cor

As motivações que levam um pintor a passar determinadas imagens para a tela são as mais variadas. Não basta, no entanto, ter algum tipo de inquietação. Torna-se essencial que essa questão indagadora interior ganhe o paradigma de obra de arte. Para isso, técnica e emoção precisam caminhar juntas.
Os trabalhos de Ray Vieira tomam como referência a infância dele vivida em São Simão, Estado de Maranhão. Isso, todavia, não seria suficiente para que suas pinturas tivessem valor plástico. Ele obtém sucesso na empreitada por saber dar às experiências vividas soluções visuais bem realizadas.
O ponto mais forte do artista é a maneira expressiva como lida com a cor. Seja nas cenas de praia ou colheita, consegue utilizar as tonalidades mais quentes de maneira bastante expressiva, cativando o olhar do observador e ofertando uma interpretação do mundo regida por uma intensa alegria.
Chama ainda a atenção a forma como trata os seres humanos. Homens musculosos de torso nu e mulheres trabalhando tornam-se ícones da dura labuta diária de seres anônimos totalmente comprometidos com o que fazem. Assim como Ray Vieira, eles, com dedicação e esforço, nos ajudam a ser melhores do que somos.

Oscar D’Ambrosio, jornalista, é mestre em Artes Visuais pelo Instituto de Artes (IA) da Unesp, integra a Associação Internacional de Críticos de Arte (AICA-Seção Brasil).



Notícias
PARQUE ECOLÓGICO DO TIETÊ ABRIGA EXPOSIÇÃO DO ARTISTA PLÁSTICO RAY VIEIRA

"Colheita de sempre viva", 2007


"Planeta Terra", 2008

A Oficina Cultural do Parque Ecológico do Tietê, unidade do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), na Zona Leste, abriga de 17 a 31 de maio a exposição "Cores da Terra" do artista plástico Ray Vieira.
A exposição conta com 25 telas com temas, figuras e cores inspiradas no trabalho do campo. Ray classifica os seus trabalho como arte moderna e tem sua influência principalmente nas obras do artista plástico, Paul Cézanne que considera o "Pai da Modernidade". Outra paixão do artista é a brasileira Tarsila do Amaral que a considera a inovadora do modernismo no nosso país.
O artista de 32 anos, nasceu na cidade de São Simão, Estado do Maranhão. Para ele "a arte o escolheu", tanto que quando criança elaborava os seus próprio brinquedos feitos com latas, bambu, coco de babaçu, argila e outros materiais que encontrava. Na adolescência já fazia projetos para decoração das ruas perto onde morava. Hoje Ray, além de trabalhar em seu atelier, leciona artes plásticas em escolas estaduais do Estado de São Paulo.
Oficina Cultural - Parque Ecológico do Tietê - Zona Leste
De 17 a 31 de maio de 2009


Ray Vieira - Artista Plástico (Exposição Metrô Vila Madalena).

Um blog voltado a Cultura & Futebol
Resenhas e sinopses de exposições, livros, álbuns, museus e, claro, futebol escrito por dois apaixonados pelo assunto.

Ray Vieira (Colheita de sempre viva).
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« Exposição sobre os quilombolas no Metrô Clínicas
Árvores de Natal feitas com materiais recicláveis Metrô Vila Madalena »
Exposição com pinturas sobre o Maranhão no Metrô Vila Madalena
Por Jorge / Adriana
Em cartaz até o dia 31 de dezembro de 2009, a mostra “Maranhão: Minha Vida, Minha Terra” mostra aos usuários da Estação Vila Madalena do Metrô as tradições e paisagens do Estado do Maranhão.
Ao todo, estão expostas 13 pinturas feitas de óleo sobre painel do artista Ray Vieira. São momentos em que o artista resgata de sua infância, algo como: “Namoro no campo”, “A colheita de sempre-viva nos campos”; “Caju e manga nos sítios” e outros.
SERVIÇO:
Exposição: Maranhão: Minha Vida, Minha Terra
Onde: Estação Vila Madalena do Metrô
Quando: até 31 de dezembro de 2009
Por Jorge Almeida
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 A lenda da Mãe d’água


Tela Colheita de sempre-viva, autor Ray Vieira
Tela Fim de tarde
Tela Namoro no campo
Tela As sete irmãs
Tela Maio

O artista plástico Ray Vieira idealizou tais telas baseando-se em lendas e mitos do povo de São Simão, pequeno lugarejo localizado no interior do estado do Maranhão.
Em determinada festa tradicional da região, a população local se reúne para contar histórias como a do porco na rede, o pato pelado, a busca da murta, a busca do mastro, o lelê, o terecô das velhas, o tambor de crioula, o bumba meu boi, entre outras. Estas histórias fantásticas e cheias de mistério nutrem o inconsciente desse povo, que narra uma lenda sobre a Mãe d’água e o campo de Murici, repleto de lagoas e flores chamadas sempre-vivas.

Estavam no campo de Murici, homens, mulheres e crianças colhendo flores. Uma mulher grávida de seu primeiro filho, chamada Raquel, colhia flores sempre-vivas quando se sentiu profundamente atraída por um homem que também estava no campo. Ambos sentindo-se desejados um pelo outro entraram em uma das lagoas para namorar. No entanto, Raquel era casada. Mas no ato do namoro, algo repentino aconteceu: uma corrente se enrolou entre suas pernas, puxando-a subitamente para o fundo da lagoa. O homem não teve a mínima chance de salvá-la, porém ele desapareceu misteriosamente enquanto Raquel era tragada pelas águas. Raquel, grávida, sonhava a todo o momento com o nascimento desse filho, imaginando seu lindo rosto, e enquanto era puxada pela corrente ela gritava desesperadamente: “Pelo amor de meu filho, me solte, eu não quero morrer!” As forças das águas foram mais fortes que Raquel, que logo desapareceu. Estranhamente, após o episódio de Raquel, muitas crianças morreram afogadas na mesma lagoa. O povo local acredita então, que a lagoa é assombrada por esta que seria mãe em breve. Chamaram-na então de Lagoa da Mãe d’Água. Aqueles que são pais temem que seus filhos tomem banho na lagoa, pois acreditam que Raquel aparece nesse local. Existe um ditado no pequeno lugarejo para quem duvida de sua existência e deseja ver a Mãe d’Água. Deve-se ir até a lagoa sozinho, por volta do meio dia, e dizer a seguinte frase: “Eu vim aqui por aposta e quero levar a resposta”. Segundo o povo a Mãe d’Água atenderia este chamado e surgiria entre as águas. Alguns acreditam que este é o castigo que Raquel recebera por ter traído o marido. Já com relação aos afogamentos ocorridos, o povo comenta que como Raquel nunca viu o rosto de seu filho, pois não chegou a dar à luz, ela pegaria para si os filhos das outras pessoas, portanto, qualquer criança que se banhe nas águas. As pessoas têm muito cuidado com seus filhos para que não entrem nessa lagoa, temendo que a Mãe d’Água queira desaparecer com eles para sempre.